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8 de março e a busca pela igualdade entre os gêneros

O Dia Internacional da Mulher, diferente de outras datas comemorativas, possui um significado profundo, com raízes extremamente relacionadas à desigualdade entre os gêneros. 

Por isso, neste 8 de março, trazemos reflexões importantes a partir do ponto de vista de nossa CEO Andrea Finger Costa e nossa colaboradora Fernanda da Rosa Milnitsky.

Para saber mais, siga a leitura. 

Entenda a origem do 8 de março, Dia Internacional da Mulher

Nossa voz precisa ser ouvida e respeitada. Esse é o começo do fim da desigualdade. Andrea Finger Costa

25 de março de 1911. Era um dia normal de trabalho na  Triangle Shirtwaist Company, quando uma nuvem de fumaça se espalhou pelo prédio da fábrica, localizada em Nova Iorque. Em apenas 18 minutos, o incêndio transformou três andares do prédio em escombros. Dentro dele, trabalhadoras tentavam utilizar as duas saídas de emergência disponíveis, no entanto, uma delas estava trancada. 

As sobreviventes do incêndio alegaram que Isaac Harris e Max Blanck, proprietários da fábrica (reconhecida por suas péssimas condições de trabalho), costumavam trancar as portas de segurança para acomodar o grande número de máquinas.

Fonte: The New York Times

 

Os proprietários da empresa foram acusados de homicídio culposo. No entanto, na época, mulheres não podiam ser juradas em Nova Iorque e o júri, composto exclusivamente por homens, declarou os proprietários inocentes. No incêndio, morreram 146 trabalhadores, dos quais 17 eram homens e 129 eram mulheres e meninas.

Além do fatídico evento, diversos outros movimentos foram realizados na história por mulheres que reivindicavam direitos iguais aos dos homens, como o acesso à educação, direito ao voto e melhores condições de trabalho. 
 

Fonte: Superprof UK

O chamado Dia Internacional da Mulher só foi oficializado em 1975, ano que a ONU intitulou de Ano Internacional da Mulher para lembrar suas conquistas políticas e sociais.

Neste 8 de março, precisamos falar sobre a desigualdade entre os gêneros

O 8 de março tem uma importância histórica pois levanta a discussão de um problema que até hoje não foi resolvido: a desigualdade entre os gêneros. Como explica Fernanda, atualmente, ainda que não sejamos mais privadas de ingressar no ensino superior e realizar atividades remuneradas, ainda são impostas muitas barreiras às mulheres na sociedade como um todo.

Andrea entende que ainda que conquistas importantes tenham sido alcançadas, como o direito ao voto, acesso à educação, liberdade individual, infelizmente ainda percebemos um retrocesso social  em relação às conquistas de gênero.

A violência contra a mulher que é intensa atualmente e recorrente os noticiários, por exemplo, demonstra como as mulheres ainda são vistas pelos maridos e companheiros. Mostra que muitos homens ainda tratam as mulheres como se sobre elas tivessem posse e direitos absolutos, inclusive sobre a vida. Essa desigualdade, que às vezes começa no seio familiar, pode refletir em todos os meios sociais. Na escola, na universidade, no trabalho, no trânsito, nas rodas sociais. Não há como negar que ainda há uma desigualdade latente entre os gêneros que precisa ser escancarada, exposta, discutida, noticiada para que se reflita a respeito. Andrea

Fernanda entende que ser uma mulher na sociedade atual é sinônimo de partir de uma posição anterior a dos homens. De acordo com ela, a desigualdade que enfrentamos hoje em dia é muito mais sutil, mas muito mais cruel, pois afeta nossa capacidade de nos auto compreendermos e sermos respeitadas como iguais.

Na opinião de Fernanda, para que a desigualdade entre os gêneros seja combatida, é muito importante falar sobre e questionar os porquês das condutas, tornando a sociedade cada vez mais alerta para que até a mais leve sutileza não passe despercebida. O que percebi durante a minha trajetória vai muito além de assédio e machismo, a sociedade nos olha diferente por ser mulher, sempre partimos do patamar “menos qualificada” e “potencial problema” e, ao longo do tempo, temos que lutar para descaracterizar esses rótulos

No livro de 25 anos de atuação do escritório, nossa CEO Andrea traz um relato pessoal sobre o machismo no mercado de trabalho, revelando-o em pequenas "sutilezas" do cotidiano: “o maior desafio segue sendo, infelizmente, a questão do gênero. O meio jurídico era muito machista há 25 anos, quando iniciei na área, e é até hoje. Um colega de escritório comentou comigo uma vez que, ‘para uma mulher, até que você é uma ótima advogada’, achando que estava me elogiando!” 

Fernanda acredita que a representatividade é fundamental para uma sociedade e um mercado de trabalho mais igualitário. É necessário que as empresas ofereçam oportunidades às mulheres para o exercício de funções onde tenham voz e consigam atuar sua ambição sem restrições.

É necessário que homens e mulheres tenham a mesma disponibilidade em relação ao cuidado da família, que sejam quebrados diariamente os estigmas criados em relação ao gênero e que sejam instituídas políticas de não tolerância a atos de discriminação, falta de respeito, assédio e ofensas às mulheres, independente do cargo que os praticantes tiverem e a “importância” que possuem dentro da corporação, a fim de que sejam reprimidos e extintos todos e qualquer atos passíveis de desmoralizar e desvalorizar uma mulher apenas por assim ser - Fernanda.

Andrea explica que a educação é o melhor caminho para a busca da igualdade entre os gêneros, a começar em casa, com uma criação que possibilite o entendimento de que homens e mulheres têm as mesmas responsabilidades, direitos e deveres. Ela também ressalta que na escola e durante a formação acadêmica, a questão de gênero deve ser apresentada de forma crítica e reflexiva, assim como no ambiente de trabalho, onde os cargos e oportunidades devem ser preenchidos de acordo com a capacidade profissional. Com conhecimento da realidade, educação sem censura e discussões amplas, profundas e democráticas a respeito, podemos pensar na criação de uma sociedade mais justa.

A contribuição da Hackmann, Costa & Advogados Associados para um mercado mais igualitário

No escritório Hackmann, Costa & Advogados Associados, os sócios fundadores - Andrea e Fernando - possuem a mesma participação societária e auferem igual parcela dos lucros. Além disso, todos os demais sócios e colaboradores são efetivamente escolhidos pela capacidade profissional, sem distinção de gêneros. Por fim, a equipe diretiva têm o cuidado de manter a participação feminina no quadro, buscando um equilíbrio de oportunidades.

De acordo com Fernanda, o fato de que o escritório expõe e se preocupa com a igualdade de gênero é muito importante. Valorizar a posição das mulheres no mercado de trabalho e atuar diariamente de forma igualitária torna o escritório um ambiente onde é possível ser ouvida e respeitada. Além disso, possuir uma mulher com a qualificação da Dra. Andrea como CEO é muito importante, ver que os demais sócios se preocupam e validam a autoridade e posição de uma mulher faz toda a diferença. Parecem sutilezas, mas infelizmente não é a regra no mercado de trabalho em que estamos inseridas atualmente.

Como afirma Andrea, o exemplo ainda é a melhor forma que ensinamento. Por isso, para que tenhamos uma sociedade verdadeiramente justa, é essencial que as empresas sejam ativas na busca de maior igualdade entre os gêneros. 

 




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